Vida Simples
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Analogias

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Mensagem por Mago Qua Dez 12, 2007 11:23 am

Pequenas ou grandes estórias que façam analogia entre situações e como transportar isso para a vida real para nos facilitar. Vejam os posts e irão ver alguns exemplos.
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Analogias Empty O caminho a seguir

Mensagem por Mago Qua Dez 12, 2007 11:43 am

Um homem encontra-se perdido numa gruta. Já andou durante imenso tempo e começa a desesperar. Então pede orientação ao Universo. Deseja encontrar o caminho de saída daquela gruta. Tenta manter a calma e seguir, com a fé de que o Universo o orientará na direção certa.
A dada altura vê uma luz e pensa que encontrou a salvação. Segue essa luz, percebendo que é a luz do Sol. Corre agora feliz, com a certeza de que irá se safar desta situação.
Quando chega à saída da gruta, percebe que se encontra numa margem de um rio e que o unico caminho possivel, será atravessando esse rio. Está a chover muito e corrente do rio está muito forte. Mas ele sabe que tem de atravessar esse rio. Porém, não vê como. Pensa para ele mesmo que o Universo lhe pregou uma partida e que afinal não lhe mostrou a salvação.

Desesperado pondera então várias possibilidades. Pensa em atirar-se ao riacho e tentar atravessar nadando. Mas não vê a profundidade desse riacho, nem se existem animais ou correntes que o impessam de atravessar a nado.

Tenta encontrar troncos para poder usar como ponte. Mas não encontra nada.

Volta atrás, procura outros caminhos no escuro da caverna, e volta ao mesmo ponto, pois acredita ser a unica solução.

Não percebe como o Universo lhe pode ter pregado esta partida. Ele sabe que tem o poder de atrair o que deseja. Ele sabe que o seu desejo de sair daquela gruta terá de se realizar. Mas pensa que fez algo mal.

Começa a entrar em desespero e em pânico. Não vê saída. No entanto mantém a sua fé que vai conseguir safar-se. Pensa para ele mesmo, que o melhor será relaxar e tentar dormir. Tenta não se preocupar e acreditar que tudo se vai resolver.
Então deita-se o mais confortável possivel, e tenta relaxar e dormir.

O sol começa a aparecer e a chuva passa. A corrente do rio começa a diminuir. E então, com o caudal do rio mais pequeno, começam a aparecer pequenas pedras. Pedras essas que formam um caminho que atravessa o rio e fará com que o homem consiga chegar à outra margem em segurança.

Ele desperta e quando olha o rio, apercebe-se deste caminho, que até então não tinha visto. Começa a rir-se às gargalhadas e agradece ao Universo por lhe mostrar o caminho. Afinal o Universo sempre cumpriu com o desejo dele. Só teve de ser paciente e acreditar. Embora não o visse, o caminho sempre esteve ali.

Atravessou o rio calmamente até à outra margem e sentiu um alivio enorme. Estava de volta à sua vida normal!

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Analogias Empty Criar a vida e a arte

Mensagem por Mago Qua Dez 12, 2007 3:51 pm

Numa pequena aldeia vivia um homem que tinha como profissão ser um Oleiro. Era uma pessoa simples e que adorava a vida e o que fazia.
Mas era o unico naquele local a trabalhar o barro e ninguém queria seguir aquela profissão. Mas este homem era procurado pelos seus conselhos admirados por todos. Quem tivesse um problema, ia imediatamente ter com ele para procurar ajuda.

Nesta aldeia vivia também um jovem. Ele não gostava da sua vida. Sentia um vazio enorme. Queria mudar algo em si, mas não sabia o quê ou como. Então procurou o mestre oleiro.
Expos-lhe o seu problema e pediu ajuda. O Mestre respondeu que lhe o ajudaria desde que ele o ajudasse na sua profissão e a aprendesse. O jovem não ficou muito contente com a ideia. Mas aceitou-a e todos os dias ia ter com o Mestre para aprender a sua arte.

No primeiro dia o Mestre mostrou-lhe um pedaço de barro e perguntou-lhe o que via. O jovem respondeu que via apenas um pedaço de barro sem forma. O Mestre pediu-lhe para ver mais além. Para ver para além do óbvio. E depois disse-lhe que voltasse então no dia seguinte.

No segundo dia o Mestre mostrou ao discipulo o mesmo pedaço de barro, mas já com alguma forma, ainda não muito definida. E novamente fez a mesma pergunta. O jovem respondeu novamente que apenas via um pedaço de barro. O Mestre afirmou que nós vemos o que queremos. Que ele tivesse fé e visse mais além e que voltasse no dia seguinte.

No terceiro dia o jovem voltou a ir ter com o Mestre. Este mostrou outra vez o mesmo pedaço de barro, mas desta vez era uma escultura de um homem, lindissima e cheia de pormenores. Perguntou outra vez ao discipulo o que via. Este respondeu que via um homem, que via uma verdadeira obra de arte linda! O Mestre riu-se e disse:
- O que tu vês agora, vi eu no inicio. Desde que olhei para o pedaço de barro que vi esta obra de arte. Disse-te para veres mais além. Disse-te que vemos o que queremos. Eu fui moldando o barro como queria para materializar o que já via. E tu também tens esse poder.
Então o Mestre deu um pedaço de barro ao jovem discipulo e pediu-lhe que fizesse também uma obra de arte. O jovem, embora reticente, aceitou.

Trabalhou nesse pedaço 5 dias e começou a ficar desanimado. Mostrou ao Mestro o que já tinha feito e disse-lhe que nunca conseguiria. Ao que o Mestre respondeu que tinha que ter paciência, mas focar-se no seu objectivo final! E que não deixasse nada o desviar desse objectivo.
O jovem então continuo-o a trabalhar no seu pedaço de barro. Insistiu e insistiu. Teve muitas dificuldades, desilusões, mas nunca desisitiu.
Ao fim de 3 meses apresentou a sua obra final ao Mestre. Era uma escultura lindissima de uma mulher incrivelmente bela! O Mestre sorriu e disse-lhe:
- Parabéns! viste o que querias fazer e transformaste isso fisicamente. Acreditaste que era capaz e enfrentaste o que fosse necessário para o conseguir. Viste para além de um mero pedaço de barro. Foste moldando conforme a visão que tinhas.
- Tudo o que imaginas, torna-se real se assim o desejas!

- A tua vida é esse pedaço de barro!!!! Transforma-a numa obra de arte!

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Analogias Empty O prazer de dar!

Mensagem por Mago Qua Dez 12, 2007 6:11 pm

Um certo pescador vivia apaixonadamente a sua profissão. Todos os dias se levantava de madrugada e lançava-se ao mar no seu barco pequeno. E todos os dias ao regressar, oferecia parte do seu pescado à população local. Chegava a casa sempre com pouco peixe.

A sua esposa sabia o que o marido fazia e todos os dias o chateava. Perguntava constantemente porque ele continuava a oferecer o fruto do seu trabalho, se eles próprios ficavam com tão pouco e eram pobres. No entanto, o calmo pescador, sossegava a sua esposa e dizia que o dia de abundância deles ia chegar e que com isso poderia oferecer muito mais. Para a esposa, não fazia sentido nenhum o que o marido dizia.

E todos os dias, ele continuava na sua rotina. Mas também tinha um sonho. Um sonho humilde de apenas ter um barco maior para poder ir mais longe e pescar mais peixe. Isto com o unico objectivo de poder oferecer mais e alimentar mais gente. Ele não sabia como nem quando, mas sabia que um dia ia ter esse barco grande. Ele imaginava-se constantemente no seu barco, azul como o mar, com um grande motor e com uma cabine para o piloto e todos os acessórios necessários para pesca em alto mar.
E todos os dias se lançava ao mar no seu, ainda, barco pequeno, agradecendo ao Universo por ter essa possibilidade.

Todas as pessoas locais, conheciam este pescador e todas recebiam, uma vez ou outra, um peixe dele. Todos adoravam a sua generosidade, embora não a retribuissem. E a mulher do pescador sabia disso, e odiava as pessoas por aquilo que faziam. Ela queria sempre algo em troca, e todos os dias pedia ao marido para não oferecer peixe.

O pescador continuava na sua rotina, mesmo contra a vontade da esposa. Certo dia, levantou-se uma grande tempestado. Ventos muito fortes e o mar com ondas enormes. Mesmo assim, o pescador sentiu que tinha de fazer o trabalho dele e ir pescar à mesma. Lançou-se ao mar...
Nesse dia, perdeu tudo. O barco afundou-se, assim como todos os seus instrumentos de pesca. Ele sobreviveu à tempestade com muito custo.
A mulher, muito triste e desiludida, ainda refilou com o marido por ele não lhe ter dado ouvidos e oferecido peixe durante muitos anos. Agora não tinham nada.

O pescador pensou em juntar todo o seu ultimo dinheiro e comprar uma pequena cana de pesca para voltar à luta. Assim, ergueu a cabeça e dirigiu-se à loja mais próxima. Explicou a sua situação ao comerciante e comprou a unica cana de pesca possivel, com o dinheiro que possia. Saiu da loja a sorrir e com novo alento.

Com a sua pequena cana conseguiu pescar apenas 3 peixes. Mesmo assim, decidiu oferecer 2 peixes a quem encontrasse pelo caminho. Claro que quando chegou a casa só com um peixe, a esposa, enfurecida, discutiu com ele e nessa noite não se falaram mais.

No dia seguinte o pescador levantou-se cedo novamente e dirigiu-se para a praia. Quando começa a chegar à praia vê um barco lindo, grande, igual ao dos sonhos dele. E estava muita gente na praia. Um habitante local foi de encontro ao pescador e deu-lhe a agradavel novidade de que aquele barco, era dele. A população local, tinha-se juntado e reunido dinheiro suficiente para comprar aquele barco. Ele tinha realizado o sonho dele, depois de ter perdido tudo.
O pobre pescador nem queria acreditar... Imediatamente se fez ao mar e nesse dia pescou uma quantidade enorme de peixe. Mais uma vez partilhou com a população.

A sua esposa ficou muito contente quando soube da noticia e finalmente percebeu o porquê do marido sempre oferecer parte dos seus bens.

Actualmente este pescador tem uma frota de barcos e além de dar emprego a muita gente, ainda dá de alimento a muitas mais.
Continua na sua rotina de oferecer, sem esperar recompensas.

Apenas pelo simples prazer de dar e sentir o seu coração cheio de felicidade com este acto!

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Mensagem por Mago Qui Jul 24, 2008 4:56 am

Havia uma mulher que andava à procura do que era a Vida. Corria o Mundo em busca de encontrar a melhor maneira de definir Vida e usá-la correctamente. Andava de cidade em cidade, de vila em vila, a falar com todas as pessoas que encontrava. Todas lhe explicavam a Vida de uma maneira diferente e cada uma vivia de maneira diferente.

Um dia a passear numa aldeia, com a mente a vaguear por entre pensamentos, parou em frente a um edificio muito bonito, embora sem se aperceber. Á porta estava uma senhora bem vestida, formal, que aparentava ter um brilho diferente no olhar. Essa senhora chamou-a e convidou-a a entrar no edificio, pois tinha algo para lhe mostrar.
Assim fez, embora um pouco indagada de quem poderia ser esta senhora com ar tão distinto e tão segura de si.

Entraram no edificio e percebeu que se tratava de uma biblioteca, linda, enorme e muito bem organizada. Indagou-se o porquê da senhora a ter chamado e convidado a entrar naquele lugar. Será que haveria ali algum livro que explicasse o que era a Vida? Então a senhora convidou-a a segui-la enquanto lhe faria uma visita guiada.
Foram andando por um corredor enorme que se encontrava em frente. A senhora então mostrou-lhe que cada corredor estava dividido por temas. O corredor onde se encontravam era o corredor da Saude. E explicou-lhe também que dentro de cada corredor havia uma série de estantes as quais estavam divididas por temas relacionados com o tema principal do corredor. Assim neste especifico corredor, encontravam a estante da respiração, a da alimentação, a dos orgãos, a da anatomia, a de exercicios, e por aí adiante.
Explicou-lhe ainda que cada estante também estava dividida por prateleiras. Cada prateleira também tinha um tema relacionado com a estante. Na estante da respiração, observaram que uma prateleira tinha como tema a respiração pelo diafragma, outra falava da respiração rápida, outra ainda falava da respiração no desporto, outra falava dos principios da respiração.... E por sua vez, também cada prateleira era composta por uma série de livros com titulos diferentes, embora todos realcionados com o tema da prateleira.

A mulher que andava a pesquisar sobre a Vida achou isto interessante e muito bem organizado. Mas não entendeu o que a senhora da biblioteca lhe queria mostrar. Esta fez-lhe sinal para a continuar a seguir por entre os corredores. Foram vendo diversos corredores com diversos temas: Dinheiro, Corpo, Amor, Deus, Mente, Fisica, História, etc... E cada corredor tinha as estantes com temas relacionados como tema principal. E tal como no primeiro corredor, as estantes estavam organizadas por prateleiras com temas relacionados com as mesmas e por sua vez, estas prateleiras tinham diversos livros organizados segundo o tema das mesmas.

A senhora da biblioteca então parou, olhou para a mulher e disse-lhe:
- O que te mostrei é algo extraordinário, impressionante. Todos nós temos a nossa própria biblioteca. Todos nós temos temas em que nos interessamos mais e outros em que nos interessamos menos. Mas o fantástico é que podemos ter a nossa biblioteca como a desejarmos. Tu tens o poder de ordenar os teus livros como bem entenderes.
A mulher ainda um pouco sem compreender reagiu:
- Isso é tudo muito bonito, mas o que eu ando à procura é de algo maior. Entende?
A senhora da biblioteca sorriu e com os olhos a brilhar disse:
- Tens de ver as coisas de outra maneira. Encara os livros como sendo os teus desejos. Organiza-os na tua realidade, sendo que a tua realidade são as prateleiras, a estantes e os corredores. Mas tens o poder de os organizar como entenderes. Se a ordem dos teus desejos está errada, muda-a. Agrupa-os novamente. Tu tens o poder de mudar a biblioteca como entenderes. E pega nos teus livros (desejos), sente-os como teus. Usa-os e quando já não necessitares, devolve.
Já reparaste que numa biblioteca nunca acabam os livros? A Universo é como uma biblioteca que dá-nos tudo que necessitamos e é infindavel, porque existe uma troca continua.
Existem aqui livros que nunca ninguém lhes tocou, outros que algumas pessoas leram e devolveram e ainda outros que muitas pessoas já leram. Mas como vês, está sempre cheia a biblioteca. Existe sempre que chegue para todos e cada pessoa tem o poder de selecionar o corredor que pretende, a estante que escolher, a prateleira que o coração lhe indicar e o livro que lhe chamar a atenção.
Será que não existem livros repetidos e com a mesma mensagem? Talvez... Mas cada livro vai ter com a pessoa certa na altura certa. Podes andar perdida pelo meio dos corredores apenas alguns minutos ou anos, mas a dada altura vais ter uma mensagem, que afinal sempre esteve ali.

A mulher que andava à procura do significado da Vida ficou sem palavras. Agradeceu sorrindo e saiu a pensar naquela informação toda. Ao sair do edificio, olhou para trás para relembrar tudo aquilo e viu uma grande placa à porta do edificio com a seguinte palavra: VIDA

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Mensagem por Tatoia Sex Jul 25, 2008 3:22 am

Só hoje consegui acabar de ler a lista de textos seleccionados que aqui nos deixaste. Fez-me pensar em como as histórias para as crianças de antigamente, que sempre esteve na onda de lições morais, pode ser agora actualizada com histórias como estas, para crianças que já começam a entrar no início da adolescência.

Seria optimo, que as crianças já com 11 anos fossem inspiradas por historias destas. Seria bom que estes conceitos de preserverança, paixão pela vida e por nós mesmos, fizessem parte de manuais escolares, nem que fosse apenas nos Livros de Língua Portuguesa.

Não sei se existe nas escolas alguma disciplina que se dedique apenas à motivação e auto-estima dos seus alunos. Não sei mesmo... no meu tempo o mais próximo era Religião e Moral e eu nunca estive inscrita a não ser durante o tempo obrigatório, do qual já nem tenho memória.

Um bem haja a todos aqueles que reunem estes contos, ficcionais ou baseados em historias reais. Planeio lê-los aos meus filhos.
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